Somos Provincianos

Aqui você também aprende a dançar!!






quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O que é o Natal?

Como toda festa religiosa o Natal é rico em símbolos. Por isso são poucos aqueles que conhecem suas origens e seus significados. O Natal marca a grande festa de solidariedade universal. Pois é comemorado em todo o mundo, até mesmo onde a população cristã é minoria. Podemos sentir que quando o dia 25 se aproxima uma certa ternura vai envolvendo a todos, e o ar fica carregado de uma grande expectativa. O Natal enfim cultiva nas pessoas sentimentos muitas vezes esquecidos, como o amor ao próximo. Muitos símbolos que freqüentam vitrines iluminadas, a sala de nossas casas cria novos sons, melodias e cores que dão às nossas festas uma grande harmonia.

Historicamente não se tem certeza a respeito da data do nascimento de Jesus. Um acontecimento tão importante como a vinda do filho de Deus mereceria ser lembrado numa ocasião especial, de modo que todos facilmente incorporaram o costume de celebrá-la. Aí, é que entra o dia 25, nessa época do ano ocorre no hemisfério norte do planeta o chamado solstício de inverno que é o momento em que o sol, depois de atingir o ponto mais distante de sua órbita, reinicia seu caminho de volta fazendo com que os dias tornem-se mais longos.

Foi da apropriação e do amálgama das festividades pagãs que surgiu o Natal, também como forma de converter os não-cristãos a aderirem ao cristianismo.

Que Deus nos abençõe e nos dê cada dia mais saúde, paz, amor e união.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Terno de Reis... há tempos não vemos... nem ouvimos...

Festividade tradicional, sedimentada nos acontecimentos referidos pela Sagrada Escritura e herança que nos legaram os portugueses colonizados.

Desenvolve-se, em síntese, assim: O "terno", chegando à frente de uma casa, faz, sempre em versos, a "Saudação" ao dono da residência, solicitando permissão para cantar e, ao mesmo tempo, justificando-se da sua "Chegada".

Segue-se, já dentro da habitação e diante do presépio, a louvação, que gira em torno da "anunciação", "nascimento", "estrela guia", "Reis Magos", "adoração", "oferendas", "agradecimento" e "despedida", através de diversas "estações" que iniciam às vésperas do dia 25 de dezembro; dia de Natal; de 25 a primeiro do ano; de primeiro de janeiro a Dia de Reis, e, mesmo, posteriormente.

O objetivo da visita varia de um terno para o outro; alguns, visam unicamente louvar a memória do menino Jesus.

Outros, visam propiciar aos cantadores uma doce retribuição ao desgaste de suas cordas vocais, através de fartos comes e bebes que os donos da casa nunca se esquecem de oferecer.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

BAILE DE FORMATURA PROVÍNCIA ARTE & DANÇA








Dia 28 de novembro foi a data desse evento de conclusão da terceira turma do Curso de Danças gaúchas de Salão, no CTG Maragatos em Porto Alegre, RS.
A animação do baile foi por conta do grande grupo TCHÊ MOÇADA da cidade de Sapiranga...Baita grupo de música regionalista diga-se de passagem.
Fica aqui o registro e as boas lembranças dessa noite maravilhosa.

Viva a Tradição Gaúcha!

Abraço Provinciano à todos!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fotos Baile de Formatura

Amigos Provincianos...
estamos um tanto afastados do Blog... mas é devido ao trabalho que desempenhamos fora do CTG.

Em breve divulgaremos as fotos do nosso evento!

Obrigada a todos pela presença! Estava muito bom!!!!

Agora, é férias!! Nos vemos em março!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O ARROZ-DE-CARRETEIRO DO RIO GRANDE DO SUL!

Cruzadas, pousadas, estrelas, luar; fogo de chão, chimarrão, ração. Rodar, devagar. Tempo, lento. Nos pousos, o arroz-de-carreteiro. Mantas de charque e cereal: mantimentos preservados. Herança culinária regional; patrimônio cultural regionalista-tradicional! Nobre cardápio crioulo das primitivas jornadas, nascido nas carreteadas do Rio Grande abarbarado, por certo, nisso inspirado, o xiru velho campeiro te batizou de "Carreteiro", meu velho arroz com guisado. Não tem mistério o feitio dessa iguaria bagual: é charque, arroz, graxa, sal; é água pura em quantidade. Meta fogo de verdade, na panela cascurrenta. Alho, cebola ou pimenta, isso conforme a vontade. Não tem luxo, é tudo simples, pra fazer um carreteiro. Se fica algum "marinheiro", de vereda vem à tona. Bote, se houver, manjerona, que dá um gostito melhor, tapiando o amargo do suor que, às vezes, vem da carona. Pois em cima desse traste, de uso tão abarbarado, é onde se corta o guisado, ligeirito, com destreza. Prato rude, com certeza, mas quando ferve em voz rouca, deixa com água na boca a mais dengosa princesa. Ah! Que saudades eu tenho dos tempos em que tropeava, quando de volta me apeava num fogão, rumbeando o cheiro. E por ali, tarimbeiro, cansado de bater casco, me esquecia do churrasco, saboreando um carreteiro. Em quanto pouso cheguei de pingo pelo cabresto, na falta de outro pretexto, indagando algum atalho, mas sempre, ao ver o borralho, onde a panela fervia, eu cá comigo dizia: - chegou de passar trabalho! Por isso, meu prato xucro, eu me paro acabrunhado ao te ver falsificado na cozinha do povoeiro, desvirtuado, por dinheiro, à tradição gauchesca: guisado de carne fresca não é arroz-de-carreteiro. Hoje te matam a míngua, em palácio e restaurante, mas não há quem te suplante, nem que o mundo se derreta; se és feito em panela preta, servido em prato de lata, bombeando a lua de prata sob a quincha da carreta! Por isso, quando eu chegar n’algum fogão do além-vida, se lá não houver comida já pedi a Deus, por consolo, que junto ao fogão crioulo, quando for escurecendo, meu mate-amargo sorvendo, a cavalo n’algum tronco, escute ao menos o ronco de um "Carreteiro" fervendo! (Arroz de Carreteiro, de Jayme Caetano Braun)
FONTE:http://www.bombachalarga.org/

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ENART 2009


CTG ALDEIA DOS ANJOS DE GRAVATAÍ É O CAMPEÃO DO ENART 2009



Segue abaixo o resultado final e oficial do ENART 2009:

DANÇAS TRADICIONAIS - FORÇA A:

1 - CTG Aldeia dos Anjos - Gravataí - 1ª RT
2 - CTG Tiarayu - Porto Alegre - 1ª RT
3 - DTG Clube Juventude - Alegrete - 4ª RT
4 - CTG Rancho da Saudade - Cachoeirinha - 1ª RT
5 - CTG Coronel Thomaz Luis Osório - Pelotas - 26ª RT

DANÇAS TRADICIONAIS - FORÇA B:

1 - CTG Chilena de Prata - Alvorada - 1ª RT
2 - DTG Leão da Serra - São Leopoldo - 12ª RT
3 - CTG Chaleira Preta - Gravataí - 1ª RT
4 - CTG Estirpe Gaúcha - Guaporé - 11ª RT
5 - CTG Capão da Porteira - Viamão - 1ª RT



A festa da noite de ontem no Ginásio Poliesportivo foi do CTG Aldeia dos Anjos, de Gravataí, 1ª Região Tradicionalista (RT). Esta é a 10ª vez que a invernada vence o concurso amador de danças tradicionais, principal categoria do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart). A última vez que o CTG havia sido o campeão do Encontro foi em 2006, em Santa Cruz do Sul.

A cantora Cristiane Gomes, o patrão do CTG, Francisco Peretto, e o diretor Paulo Gnoatto receberam o troféu e fizeram a festa com os dançarinos. O grupo de danças foi o que somou a maior média de pontuação nos quesitos correção coreográfica, harmonia de conjunto e interpretação artística. A invernada era a favorita do público, pois havia sido aplaudida de pé na apresentação de ontem à tarde.

A divulgação dos vencedores do Enart foi também um momento de grande comemoração para o CTG Chilena de Prata, de Alvorada, que foi o primeiro colocado na competição amadora de danças tradicionais Força B, e por isso, tem acesso automático para disputar a Força A na próxima edição do Enart, em 2010. E o troféu Marca Grande foi concedido à 1ª Região Tradicionalista, que fez maior pontuação em todas as categorias.

A solenidade que marcou a divulgação dos vencedores do Enart e encerramento da edição 2009 teve como ponto alto a sempre bela e tradicional Dança da Integração, que reuniu todos os grupos participantes em um grandioso espetáculo. A presença de autoridades e da grande maioria dos 2,5 mil competidores até o final foi outro aspecto que engrandeceu o ato.



SETE PALCOS

O maior evento amador de cultura da América Latina teve a presença de 174 entidades tradicionalistas de 88 municípios. Os artistas de 23 modalidades fizeram suas exibições em sete palcos no interior do Parque da Oktoberfest. Por três dias, Santa Cruz do Sul foi a sede do tradicionalismo gaúcho e o público foi superior a 70 mil pessoas. No total, foram contabilizados 200 ônibus de excursões. Cerca de 60 grupos participantes do festival ficaram alocados em escolas, clubes e sociedades de Santa Cruz do Sul. Com a rede hoteleira lotada, parte dos participantes do Enart se alojou em espaços nos municípios vizinhos de Vera Cruz, Venâncio Aires e Rio Pardo.

Durante as competições, o Ginásio Poliesportivo, onde aconteceram as apresentações da Força A de danças tradicionais, e as arquibancadas montadas no Pavilhão 2 do parque para a Força B, apresentaram a maior concentração de público. A inclusão da Força B aumentou a participação de tradicionalistas na etapa final do evento.

O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Oscar Gress, lembrou que a divisão de acesso também permitiu que CTGs de menor porte e sem condições de manter grande instrumental e instrutores ganhassem a oportunidade de participar das disputas. Conforme as estimativas do MTG, desde as etapas regionais, que se iniciaram em julho, o Enart teve a participação de 5 mil artistas. Apenas para a final havia a inscrição de 3,5 mil artistas amadores.
FONTE: http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=123230&intIdEdicao=1938

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ENART 2009



Buenos dias provincianos!!!

Começa hoje em Santa Cruz do Sul, o grande espetáculo Artístico Cultural do nosso Estado, o ENART ( Encontro de Arte e Tradição Gaúcha ).


É o maior festival de arte amadora da América Latina segundo a UNESCO. É um evento tradicionalista gaúcho. Promovido pelo MTG, é realizado anualmente em três etapas. As regionais, as inter-regionais, e a final. Envolve competidores de todo o estado, e espectadores de todo o país. Estima-se haver mais de dois mil concorrentes por ano, e mais de 60 mil espectadores na fase na final. É de extrema importância para o Rio Grande do Sul, pois é o maior evento tradicionalista do mundo segundo.
O ENART é realizado em três etapas: regionais, inter-regionais e a final, da seguinte forma
Regional
Nesta etapa, onde pode ou não ser realizado um concurso (vária entre as regiões), classificam-se, sete competidores de cada modalidade para a próxima fase.

Inter-regional
É a etapa, onde em grupos de regiões, classificam-se, oito ou nove competidores (dependendo da Inter), para a fase Final. Recentemente, ocorreu algumas alterações no regulamento,e hoje são realizadas 4 (quatro) inter-egionais, envolvendo todas as 30 RTs do estado.

Final
A fase final, e mais importante, é realizado todo o ano, nos 3º final de semana de novembro, na cidade de Santa Cruz do Sul, onde os classificados das inter-regionais, competem com concorrentes de todo o estado, elegendo assim, os "Campeõs Estaduais". Em algumas modalidades, como Danças Tradicionais, existe mais uma fase, que ocorre no 3º dia da fase final, chamada de finalíssima, onde um certo número de competidores, é selecionado, para se reapresentar, na qual, são conhecidos,comos os 15, por exemplo na modalidade Danças Tradicionais.

FONTE:http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090831145955AAbFjZY


O ENART - 2009,será transmitido pela primeira vez pela Internet e poderá ser acessado através do site www.enart.org.

Seviço:
Data: 13, 14 e 15 de Novembro de 2009 – sexta, sábado e domingo.
Hora: Sexta, às 20h, sábado e domingo, às 9h
Local: Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul/RS

Bom final de Semana a todos e boa sorte aos participantes da grande final do Enart 2009.

Abraço Provinciano!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Jantar Baile de Formatura no CTG Maragatos

Buenas!!!
Estamos aqui mais uma vez para convidar todos os amigos para participarem do Jantar Baile de Formatura do Curso de Danças Gaúchas de Salão que promovemos no CTG Maragatos.
Data: 28/11/2009
Inicio: 20h Jantar - 22h Formatura - 23:30 Baile
Cardápio: Comida campeira e saladas
Animação: Grupo Tchê Moçada
Valor com janta: R$ 18,00
Valor apenas baile (entrada após as 22h): R$ 10,00

Ainda temos convites para janta. Reserve conosco!
Contamos com a participaçao de todos!!!

Um abraçao.
Província Arte & Dança

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Espaço Lendas Gaúchas

A Origem do Mate - Guaranis

Os cânticos de guerra reboaram na floresta, e Itabaetê marchou com seus homens à procura do grande acampamento. Toda a tribo partira, levando nos olhos o brilho da vitória. Só um homem, enfraquecido pelo peso dos anos, não pudera seguir nesta nova arrancada guerreira. E ficara chorando no oito de uma coxilha, olhar estendido à linha de combatentes que serpenteava pelos caminhos. Mesmo depois da tribo ter desaparecido no véu da grande mata, ainda o velho índio permanecera numa atitude de estátua, mudo, enovelado em mil recordações das pelejas passadas. Voltava, em pensamento. àqueles tempos em que seu braço era o mais temido da tribo, a sua flecha a mais certeira, os seus olhos os mais seguros a perscrutar a imensidão das noites, Agora, fraco, envelhecido, estava condenado a atirar-se inativo ao fundo das matarias. Para seu consolo, restavam-lhe apenas as recordações, e a beleza de Yarí, a mais jovem e a mais formosa de suas filhas - a qual, surda ao convite de muitos guerreiros enamorados, preferira permanecer junto ao velho pai, adoçando-lhe as últimas horas de vida com o mel de seus sorrisos.

Um dia, chegou ao rancho do velho guarani um viageiro estranho - roupagem colorida, olhos lembrando o azul de céus longínquos. O guarani logo percebeu que o homem vinha de terras distantes, muito além das matas do Maracaju, matas que ele cortara, vibrando de entusiasmo, nas caminhadas de outrora. A porta de couro de seu rancho abriu-se inteiramente, recebendo o estrangeiro. Yarí foi buscar os frutos mais lindos da floresta, e o mel mais doce das mirins. E o seu velho pai, cerrando um pouco os olhos para melhor buscar as riquezas de um mundo afastado no tempo, recordava episódios de sua mocidade, entusiasmava-se no relato das caçadas perigosas e dos entreveros ruidosos. Tudo foi feito para que as horas que o estrangeiro passasse naquele rancho fossem cheias de contentamento.

Desceu a noite sobre a terra e a rede foi estendida para o sono do visitante. Seus sonhos foram povoados pela voz suave da virgem, entoando as cantigas guaranis. E no outro dia, quando o sol espiou por entre os ramos mais baixos do arvoredo, foi encontrar o estrangeiro já pronto para seguir viagem.

- Em tuas mãos repousa a generosidade das fontes cristalinas... - disse ele ao velho índio. - Em teu coração se abriga a hospitalidade das planuras infindas dos charruas, onde os campos se abrem em mil caminhos sem estender nada que impeça o andar do viageiro; no corpo de tua filha se esconde a pureza dos o1hos-d’água e a alegria das madrugadas de minha terra. Tanta virtude merece ser recompensada. Venho dos domínios de Tupá, o Deus do Bem. Pede o que quiseres!

- Nada mereço pelo que fiz, senhor! -, respondeu o guarani. - Mas como a bondade imensa de Tupá quer pousar suas mãos sabre este rancho pobre, eu pediria mais um pouco de alento para os últimos passos do meu viajar. Outrora, eu guiava pelos caminhos da guerra um sem-fim de guerreiros; hoje, somente minha filha enche de vida as minhas horas derradeiras. Eu quisera um outro companheiro, que atirasse doçura aos meus lábios e descanso ao meu coração. Alguém que fosse meu último amigo, um amigo fiel. Assim, Yarí poderia seguir o rastro da nossa tribo, onde os jovens anseiam por seu amor para continuarem mais confiantes no caminho da vitória. É o que peço, senhor: um amigo fiel, um companheiro que encha de doçura a horas amargas da saudade...

O emissário de Tupá sorriu. Em suas mãos brilhava - recoberta de uma luz estranha - uma planta repleta de folhagens verdes, donde se desprendia um perfume de bondade, talvez o mesmo perfume de Tupá.

- Deixa crescer esta planta, e bebe de suas folhas! - disse o enviado de Deus. - Bebe de suas folhas, e terás o companheiro que pedes! Esta erva, que traz em si a graça do Tupá, se estenderá pelas matas, trazendo o conforto não só a ti mas a todos os homens de tua tribo. E tu, Yarí, serás a protetora das florestas que haverão de surgir. Os guerreiros provarão a mesma delícia de teu carinho ao sorver esta bebida; as caminhadas de guerra serão menos fatigantes, e os dias de descanso mais felizes...

E já se afastando do rancho, o enviado de Tupá repetiu:

- Terás um companheiro fiel, velho chefe guarani... E será a protetora de tua raça, Caá-Yarí...

E desde então Caá-Yarí é a senhora dos ervais e a deusa dos ervateiros. Todos merecem dela o máximo de auxilia, se lhe são fiéis. E se algum ervateiro, ainda não satisfeito com aquela proteção, quiser ver a fartura escorrendo de seus dedos, poderá fazer com ela um pacto sagrado. Bastará entrar numa igreja, durante a Semana Santa, e pedir Caá-Yarí em casamento, jurando viver para sempre nos ervais, voltado somente para o culto de sua deusa, sem nunca mais amar outra mulher... Deixará, depois, num ramo de erva-mate, um bilhete no qual marca um encontro com a bela protetora das florestas No dia marcado, deverá penetrar no fundo da mataria, onde Caá-Yarí lhe provará a bravura, interrompendo-lhe o caminho com serpentes e feras. E se o ervateiro for corajoso e forte, vencendo a todos os perigos, receberá a recompensa de Yarí.

Sua vida será toda tomada pelo amor da jovem deusa. Suas noites serão cheias de prazer, e seus dias cheios de fartura. Os ervais se despirão por encanto, enchendo os surrões de couro sem que ele tenha gasto o mínimo de esforço. Na hora da pesagem, Caá-Yarí - que é invisível para todos menos para o seu amante - pousará sobre os feixes de erva, aumentando o peso da colheita. A felicidade será eterna para o ervateiro!

Eterna... se ele não quebrar seu juramento... Pois se alguma mulher consegue desnorteá-lo, haverá de lhe entregar, junto às carícias, a sentença da desgraça. Um dia, o ervateiro será encontrado estirado no meio dos ervais, inexplicavelmente morto, ou então correndo pelas florestas, ensangüentado, delirando, louco!

É a vingança de CaáYarí! Ela jamais perdoa!

FONTE: http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/a_origem_do_mate_guaranis.htm

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TEXTO CONTUNDENTE.


Os princípios tradicionalistas nunca deixaram dúvidas quanto aos reais fins culturais do Sistema Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro organizado. Se distorções ocorrem na Filosofia de Atuação do Tradicionalismo, estas se devem aos desvios de finalidade de algumas de suas Entidades Culturais filiadas, por meio daqueles que integram o MTG mas longe estão de serem considerados Tradicionalistas Gaúchos Brasileiros. Interesses diversos, como o econômico-financeiro, o comercial, o político, o partidário, o eleitoreiro, o pessoal e o de grupos alheios ao fim do Tradicionalismo pondem ser apontados como os desvirtuadores do fim preservacionaista da Patrimônio Sociológico-tradicional do Estado e do Povo Gaúcho do Rio Grande do Sul. Relaxamentos procedimentais tradicionalistas foram, na maioria das vezes, provocados, instituídos, permitidos, aceitos e incentivados por pseudostradicionalistas, dirigentes e dirigidos, alguns deles encastelados - não sem motivos - nos Órgãos Tradicionalistas Federativos; outros, com motivos semelhantes, nas Entidades Culturais, sem fins lucrativos, filiadas ao MTG Brasileiro. O Tradicionalismo Gaúcho, nesses casos, continua sendo usado e viciado por quem não é, nunca foi e jamais virá a ser um Tradicionalista Gaúcho Brasileiro. Por isso, as alterações regulamentares aprovadas na 6a Convenção Tradicionalista da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha-CBTG, apesar de redundância, diante da clareza de propósitos trazida na Carta de Princípios do MTG, acabam sendo de uma certa relevância, muito embora saiba-se de antemão que aquelas disposições regulamentares não serão observadas pelos Calaveiras do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro organizado. Tais regras, no entanto, podem muito bem servir para fundamentar, ainda mais, a cobrança aos Órgãos Tradicionalistas com o poder-dever de fiscalização e aos cidadãos tradicionalistas gaúchos filiados ao Tradicionalismo da devida e efetiva aplicação daquelas deliberações, as quais não passam de meros esclarecimentos do que já está bem definido na própria Doutrina Tradicionalista Gaúcha Brasileira. É nesse sentido que o Regulamento-geral da CBTG propugnou-se a esclarecer, conforme a disposição regulamentar constante do art. 187 e seu parágrafo, que nas dependências de CTGs, parques de eventos ou locais onde se realizem atividades tradicionalistas não será permitido o funcionamento de tendas ou similares que comercializem objetos não condizentes com a Tradição Gaúcha do Rio Grande do Sul; nem a realização de provas, espetáculos ou a execução de ritmos musicais não gauchescos e não regulamentados, salvo quando em homenagem às etnias formadoras do Povo Gaúcho ou do folclore local. E as sedes sociais de entidades tradicionalistas poderão ser locadas ou cedidas em comodato para eventos sociais, desde que estes não atentem contra a Ética Tradicionalista. Da mesma forma, e atendendo à necessidade de melhor esclarecimento a respeito dos objetivos culturais do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro, é que o art. 188 reforça o esclarecimento a todos aqueles que encontram-se vinculados ao Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro organizado que na promoção de fandangos o CTG e demais Entidades Tradicionalistas Gaúchas deverão exigir que: 1) os participantes estejam devidamente pilchados ou em traje social conveniente; 2) não se use chapéu, boina ou qualquer cobertura na cabeça nem tirador, armas brancas ou de fogo; chinelo, alpargatas e demais objetos de uso campeiro; 3) os fandangos sejam realizados em salões bem iluminados e os pares não poderão dançar com comportamentos que agridam ao respeito, à moral e aos bons costumes da Tradição dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul; 4) os conjuntos regionalistas ou similares não apresentem em suas apresentações artifícios estranhos ao tradicionalismo gaúcho, nas dependências dos CTGs; 5) nos contratos dos conjuntos musicais sejam mencionados os seguintes itens: pilcha autêntica dos integrantes do conjunto, repertório de músicas gauchescas tocadas no compasso gaúcho e a previsão de que o som em altura exagerada deverá ser evitado. Assim, nunca é demais relembrar a todos os que se dizem Tradicionalistas Gaúchos Brasileiros - ou porque membros de Patronagens de CTGs e outras Entidades Tradicionalistas; ou porque sócios ou empregados destas - que o culto, o cultivo, o zelo, a defesa, a preservação e a correta divulgação das autênticas Tradições dos Gaúchos Interioranos do Estado Garrão-sul do Brasil devem abalizados em atos vinculados aos princípios básicos da Filosofia de Atuação do MTG Brasileiro, cujos postulados visam a nortear todas as atividades tradicionalistas gaúchas brasileiras! E essa Filosofia do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro organizado jamais deixou qualquer dúvida a respeito dos objetivos desse que é considerado o Maior Movimento Cultural das Américas e quiçá do mundo. Entretanto, de nada serve tal título se o próprio MTG, constituído por suas Entidades filiadas, não cumpre o seu dever institucional-estatutário de preservar, efetivamente, o Núcleo da Formação Gaúcha Sul-rio-grandense, representado pela região do Pampa Sul-brasileiro, o Patrimonio Sociológico-tradicional oriundo dos gaúchos campeiros dessa região, e a sua própria Filosofia de Atuação, decorrente da sua Carta de Princípios, criando as barreiras necessárias a tudo aquilo que for diametralmente oposto ou antagônico aos autênticos usos e costumes tradicionais dos Gaúchos Campeiros do Pampa Sul-rio-grandense. Objetivos e princípios tradicionalistas como esses são os postulados básicos que embazam os fins culturais do MTG Brasileiro organizado. Eles primeiro devem ser conhecidos, para poderem ser seguidos, observados e respeitados por todos os integrantes do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro, inclusive por aqueles que não são Tradicionalistas Gaúchos, mas que frequentam o MTG, por uma questão de respeito ao seu fim cultural de culto, preservação e adequada divulgação das autênticas Tradições dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul!
FONTE:http://www.bombachalarga.org/index.php

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Espaço Lendas Gaúchas

A Lenda da Lagoa Vermelha



A primeira tentativa dos padres jesuítas, que resultou na fundação de 18 Povos Missioneiros no Rio Grande do Sul, deu em nada. Os bandeirantes de Piratininga, que haviam arrasado as reduções do Guairá caçando e escravizando índios para a escravidão das lavouras de cana-de-açúcar de São Paulo e Rio de Janeiro, quando souberam que os padres tinham vindo mais para o sul e erguido suas aldeias no Tape, vieram aqui fazer o que sabiam fazer. Assim e aos poucos, os padres tiveram que refluir para o oeste, fazendo agora na volta o mesmo caminho que tinham feito na vinda.

E nessa fuga tratavam de levar consigo tudo o que podiam carregar. O que não podiam, queimavam ou enterravam. Casas, plantações, até igrejas foram incendiadas, para que nada ficasse aos bandeirantes.

Pois diz que numa dessas avançadas pelo Planalto, no rumo da Serra, uma carreta carregada de ouro e prata, fugindo das Missões.
Ali vinha a alfaia das igrejas, candelabros, castiçais, moedas, ouro em pó, um verdadeiro tesouro cujo peso faziam os bois peludearem. Com a carreta, alguns índios e padres jesuítas e atrás deles, sedentos de sangue e ouro, os bandeirantes.

Ao chegarem às margens de uma lagoa, não puderam mais.
Desuniram os bois e atiraram a carreta com toda a sua preciosa carga na lagoa, muito profunda. E aí então os padres mataram os índios carreteiros e atiraram os corpos n'água, para que não contassem a ninguém onde estava o tesouro. Com o sangue dos mortos, a lagoa ficou vermelha.

E lá está, até hoje. Ao seu redor, cresceu uma bela cidade, que tomou seu nome - Lagoa Vermelha. E cada um dos seus moradores que passa na beira das águas coloradas, lembra que ali ninguém se banha, nem pesca, e segundo a tradição, a lagoa não tem fundo. E nas secas mais fortes e nas chuvaradas mais bravas, o nível da lagoa é sempre o mesmo.

Fonte: http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/lagoa_vermelha.htm

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

JUVENART 2009

RESULTADO FINAL



INTÉRPRETE SOLISTA VOCAL FEMININO

1º lugar:


ANA PAULA EVALDT RODRIGUES - CTG Rancho da Saudade - Cachoeirinha


2º lugar:


BRUNA S. MOREIRA - CTG Quero-Quero – Esteio



INTÉRPRETE SOLISTA VOCAL MASCULINO

1º lugar:


ADELAR MACHADO JUNIOR - CTG Herdeiros da Tradição - Caxias do Sul

2º lugar:


DIOGO FABIAN UPIERRE MOREIRA - CTG Estância do Montenegro - Montenegro



CHULA

1º lugar:


PEDRO CHASSOT CÂNDIDO ANGELI - CTG Estância de Montenegro – Montenegro

2º lugar:


LEONARDO BRIZOLLA DE MELLO - GF Fogo de Chão – Ijuí



DANÇAS GAÚCHAS DE SALÃO

1º lugar:


HENRIQUE DA SILVA POLICENA / FRANCINE DA SILVEIRA SILVA
- CTG Rodeio da Saudade - Rio Pardo

2º lugar:


MARCELO TRINDADE DE ALVES SOUZA / LETÍCIA BORIN SILVA
- Ponche Verde CTG - Santa Maria



MELHOR CONJUNTO MUSICAL DE DANÇAS

CTG RODA DE CARRETA – Cachoeirinha



MELHOR ENTRADA

CTG TIARAYÚ - Porto Alegre



MELHOR SAÍDA

CTG TIARAYÚ - Porto Alegre





DANÇAS TRADICIONAIS

1º lugar:


CTG TIARAYÚ - Porto Alegre

2º lugar:


CTG CORONEL CHICO BORGES - Santo Antonio da Patrulha

3º lugar:


CTG TROPILHA CRIOULA - São Borja

4º lugar:


CTG ALDEIA DOS ANJOS – Gravataí

5º lugar:


CTG RODA DE CARRETA – Cachoeirinha

6º lugar:


CPF PIÁ DO SUL - Santa Maria

7º lugar:


CTG RANCHO DA SAUDADE – Cachoeirinha

8º lugar:


CTG LANCEIROS DA ZONA SUL - Porto Alegre

9º lugar:


CTG TAPERA VELHA – Tupanciretã

10º lugar:


CTG TROPEIROS DA AMIZADE – Santa Cruz do Sul

11º lugar:


CTG ESSÊNCIA DA TRADIÇÃO – Novo Hamburgo

12º lugar:


PONCHE VERDE CTG – Santa Maria

13º lugar:


CTG BENTO GONÇALVES – Santa Maria

14º lugar:


CTG GASPAR DA SILVEIRA MARTINS – Ajuricaba

15º lugar:


CTG QUERO-QUERO – Esteio

terça-feira, 27 de outubro de 2009

No caminho.....

CAMPEÃ ESTADUAL JUVENIL - INTÉRPRETE VOCAL FEMININO.

Sempre agradeço a Deus por ter amigos fiéis, por ter companheiros de luta com ideiais afirmados em valores corretos. Sempre agradeço a Deus por ter uma esposa dedicada e amiga...companheira e exemplar. Sempre agradeço a Deus por ter Filhas...ahhhh filhas...pois é..ai vem nosso motivo de realização.

Quando mostramos o caminho a um filho, certamente ele seguirá se realmente quiser seguí-lo...ou do contrário o fio vira e nada mais resolve.
O que ensinamos a um filho, sempre o fazemos a outro. É nesse intúito que me esforço para dar a uma o que dei a outra, todo meu amor pela música, pelo canto, pela interpretação das melodias lindas, maravilhosas e autênticas do cancioneiro gaúcho.

Fui presenteado com um resultado maravilhoso....."Aninha Campeã" do Juvenart 2009 - modalidade "INTÉRPRETE VOCAL FEMININO" Categoria Juvenil. realizado em Santa Maria - RS no último final de semana.

Esse é o caminho minha filha.....fizestes um pai feliz e realizado...pois agora tuas próprias forças te levarão a lugares onde não imaginarias chegar...pois tu provastes isso.....PARABÉNS ANINHA....ESSA CONQUISTA É TUA.....VIVA INTENSAMENTE ESSE MOMENTO.

Nós todos te amamos...Pai, Moni e Mana....que por sinal está no mesmo caminho teu...continues sendo exemplo pra ela!

João Batista Rodrigues...Um pai Feliz!!!

Uma homenagem do Província Arte & dança.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

GUAIACA OU RASTRA? TIREM SUAS DÚVIDAS...





A Tradição Gaúcha Brasileira deve ser entendida como o rico acervo cultural regionalista herdado pelo Povo Gaúcho do Rio Grande do Sul, dos seus antepassados interioranos, e, também, como o ato de retransmissão às novas e futuras gerações desse Patrimônio Sociológico-tradicional. A Tradição Gaúcha Sul-rio-grandense contribui, portanto, para a afirmação da Identidade do Povo Sul-brasileiro. É natural, então, que em nome da preservação desta Tradição Regional Gaúcha Brasileira, tudo aquilo que não venha a ser considerado como nativo do Estado Garrão-sul do Brasil não seja, também, cultuado, cultivado, defendido, preservado e divulgado como se assim o fosse. É o caso da rastra, um tipo de cinturão do uso regional dos gauchos platinos. Essa peça da indumentária gaucha, de origem espanhola, que se diferencia do tirador argentino – o cinto de aproximadamente 15 centímetros de largura e sem enfeites -, possui, ao contrário deste, os adornos de metal, como as moedas, por exemplo, pregadas no seu corpo, e os detalhes metálicos, prateados, que formam o florão de sua parte frontal. Como é do conhecimento geral, esse não é o tradicional cinturão usado pelos gaúchos do Rio Grande do Sul, pois este sempre foi, é, e em honra à Tradição Gaúcha Sul-rio-grandense deverá continuar sendo a guaiaca, cujo nome se refere às bolsas que ela contém, para possibilitar o transporte do relógio, do revólver, dos avios de fumo e do dinheiro, dentre outros apetrechos pessoais. O uso indiscriminado da rastra por alguns gaúchos brasileiros, nos dias atuais, tem explicação. Com a derrocada econômica da Argentina, em um passado recente, quando parcela considerável de seu povo passou a viver praticamente do escambo, trocando mercadorias em praça pública, em virtude da escassez de moeda corrente, a solução encontrada pela indústria e pelas empresas argentinas foi direcionar o comércio dos seus produtos para a Região Sul do Brasil. É por isso que até hoje estamos a ver gaúchos brasileiros pilchados como se fossem autênticos argentinos, embora oriundos de regiões onde nunca antes aquele estilo platino de vestir foi praticado, nem por seus pais nem por seus avós nem por nenhum dos seus antepassados. Naturalmente que alguns gaúchos da faixa fronteiriça do Estado, em decorrência de fatores como a nacionalidade, a descendência e até mesmo a própria proximidade territorial, podem até fazer uso da rastra; mas este fato não a transforma em peça tradicional e de uso costumeiro de todo o Povo Gaúcho Sul-rio-grandense. A rastra, indubitavelmente, não faz parte da Tradição dos Gaúchos Campeiros do Estado do Rio Grande do Sul. Mas o certo é que alguns segmentos ganharam muito e continuam ganhando com a vinda desses e outros materiais daquele país vizinho. É natural, igualmente, que em tempos de economia globalizada a liberdade de comercializar e de consumir tais produtos é ampla e irrestrita, tanto para comerciantes como para consumidores. E, certamente, esse comércio continuará a ser estimulado e incentivado por mais algum tempo, especialmente pelo mercado mercosur e sua tentativa de nivelamento cultural sul-americano. No entanto, os Tradicionalistas Gaúchos Brasileiros, por um dever institucional de coerência cultural regionalista e de observância aos postulados filosóficos do MTG Brasileiro a que pertencem, evitarão valorizar o que é nativo de outras plagas em detrimento daquilo que é tradicional da sua própria região, da sua Terra, do seu Pago, de seu Torrão Natal. Assim, qualquer indivíduo, quando pilchado, poderá usar e continuar usando a rastra platina e até a cinta no lugar da guaiaca do Rio Grande; a boina colorida da Cataluña em vez da típica boina preta fronteiriça ou do genuino chapéu regional dos gaúchos sul-brasileiros, assim como as calças estreitas de alças no cós, os coletes texanos, os lenços estampados, virados, e as camisas pretas, vermelhas ou de outros coloridos fortes. O Tradicionalista Gaúcho Brasileiro, portanto, se assim quiser ser realmente considerado, certamente que continuará a valorizar os genuínos usos e costumes tradicionais do Rio Grande do Sul; a respeitar o Patrimônio Sociológico-tradicional do Povo Gaúcho Sul-rio-grandense; a prender a sua bombacha com a antiga e tradicional guaiaca herdada dos antepassados açorianos do Estado Garrão-sul-brasileiro; a usar o típico e regional cinturão com bolsas, pertencente à autêntica Pilcha dos Gaúchos Campeiros do Sul do Brasil!

Fonte do texto: http://www.bombachalarga.org/
Fonte das fotos guaicas: http://www.recantodogauchoquarai.com.br/cintos/cintos_tropeiros/index.html
Fonte das fotos Rastras platinas: http://images.google.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tradição, Cultura e Gauchismo.






É a Noite Gaúcha do Curso de Danças Gaúchas de Salão no CTG Maragatos.

Essas são algumas fotos daquilo que os alunos fizeram para demonstrar seus conhecimentos adquiridos na pesquisa realizada em cada tema.

Abraço a todos os Provincianos!!!

Logo teremos promoção aqui do Blog do Província...aguardemmmmmm!!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Origem da Palavra Gaúcho

A polêmica origem do termo gaúcho encontra significado a partir do árabe “chauch”, que significa tropeiro. Passa pela língua espanhola com “chaucho”, com
o mesmo significado, e sobe a cordilheira andina para encontrar no dialeto dos incas o crivo de errantes, abandonados ou órfãos. Alguns historiadores já encontraram mais de 100 raízes para a expressão. Contudo, à parte as Idiossincrasias, tinha razão o escritor Luiz Marobin ao descrever o gaúcho como “um estado de espírito moldado por fortes impulsos interior ”.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Adelar Bertussi - Lenda Viva da Música Gaúcha.



Oh de casa!! Oh de casa!! Conheçam um pouco da história musical do nosso povo.

O grande artista gaúcho Adelar Bertussi merece todas as homenagens do Povo do Estado do Rio Grande do Sul e dos demais Estados da região Sul do Brasil. Junto com o seu falecido irmão, Honeyde Bertussi, Adelar muito contribuiu para a afirmação da música regional gaúcha e a divulgação do Bugio, um ritmo genuíno do Rio Grande, ao gravá-lo em disco, pela primeira vez, em 1955, com a composição musical intitulada Casamento da Doralícia. Foi desde o ano de 1950 que Adelar passou a fazer dupla com o seu irmão Honeyde e a construir uma estrada de sucessos na música regionalista gaúcha sul-brasileira. Em 1955, ambos já se apresentavam no Rio de Janeiro, chamando a atenção do centro do país. Gravando pela Continental, lançaram um LP com as canções Nordeste Gaúcho, O Tropeiro, Coração Gaúcho e Viva São Jorge. Mais tarde, em 1960, gravaram, dentre outros, o LP Passeando pelos Pagos, pela RCA. Em 1990, surge Os Bertussi: Adelar Bertussi e seu grupo. Homenagear em vida esse grande ícone da música gaúcha regionalista sul-rio-grandense é um dever do Estado do Rio Grande do Sul e de todo o Povo Gaúcho Brasileiro, especialmente dos Tradicionalistas. É com toda a justiça, portanto, que a Associação Pró-Desenvolvimento de Criúva - a Terra Natal de Adelar e Honeyde -, tomou a iniciativa de construir o Memorial Irmãos Bertussi, em São Jorge da Mulada, naquele Distrito. Conforme Paulo Bertussi, filho de Honeyde e o arquiteto criador do memorial, a construção do monumento se desenvolverá em etapas. Na primeira, o monumento propriamente dito foi construído em uma coxilha, em frente à sede da fazenda onde nasceram Honeyde e Adelar. As cinco plataformas terão inscrições na pedra, que contam as diversas fases da trajetória musical da família Bertussi. A principal - e última -, abriga a estátua dos Irmãos Bertussi e um obelisco com 20 metros de altura, simbolizando o verdadeiro marco que representou a dupla na história musical do Suls do Brasil. Na segunda, na sede da fazenda - em processo de tombamento pelo Patrimônio Histórico -, será instalado o memorial com toda a documentação da trajetória musical da dupla, incluindo a exposição de fotos, vídeos, discos, DVDs, cartazes, partituras, recortes de jornal, correspondências, contratos, medalhas e troféus. O memorial completo terá estacionamento, sanitários e iluminação especial. Cada plataforma também servirá de mirante independente, além de local de relaxamento e apreciação da natureza. E no dia 28 de outubro de 2007, Adelar Bertussi, como também o foi, há dez anos, o seu irmão Honeyde, recebeu as homenagens na cidade de Canela. É outro justo reconhecimento que a comunidade canelense estará prestando aos 56 anos de vida artística do nosso grande gaiteiro gaúcho, esse verdadeiro Palanque da Tradição Musical dos Gaúchos Sul-brasileiros que é Adelar Bertussi. Com a iniciativa de Adair Boeira e apoio da Prefeitura de Canela e da Universidade de Caxias do Sul, o evento contou com Missa Crioula e a presença de renomados artistas gaúchos. Todos estiveram prestando a Adelar Bertussi as devidas homenagens e os sentimentos de gratidão de todo o Povo Gaúcho Brasileiro pela imensa e valiosa contribuição prestada à cultura musical regionalista do Rio Grande do Sul. A estrada de Adelar Bertussi, ao contrário do que diz o teor da composição O Tempo e a Vida, de autoria da dupla, foi percorrida com maestria e inteligência; e a sua alma fez sorrir a todos nós. Feliz é Adelar Bertussi, que vive a cantar; e todos nós, que temos o grande privilégio de vê-lo e ouvi-lo. O tempo, este nunca apagará a passagem terrena do grande artista serrano Adelar Bertussi, dileto acordionista e um Palanque da Musica Regionalista-tradicional do Rio Grande do Sul, nessa sua campereada pelas coxilhas do seu querido Rincão Gaúcho Sul-brasileiro. E se o tempo e a vida, um dia passam e vão embora para todos nós, aquele nem tudo apaga nem tudo também destrói. Adelar Bertussi é um grande patrimônio da música regionalista do Rio Grande do Sul e merece todas as homenagens que o Povo Gaúcho Brasileiro lhe presta, hoje, em vida. Mais tarde, e bem mais tarde, se o Patrão Velho lá das Alturas assim nos permitir, quando Adelar Bertussi for chamado para tocar nos bailes de ramada da grande Estância Celeste, não faltarão, aqui no mundo terreno, gaúchos de verdade e com sangue de gaúcho que enalteçam o compasso e o ritmo fandangueiro que ele, com o seu irmão Honeyde, legou à música tradicional dos gaúchos brasileiros. Continues, Adelar Bertussi, a abrilhantar os eventos tradicionalistas e a encantar as platéias gaúchas do Rio Grande e do Brasil, com a tua voz e a tua gaita, pois o Rio Grande do Sul está por demais precisado da tua força e do teu espírito regionalista gaúcho sul-rio-grandense. Obrigado, Adelar Bertussi, por tudo o que fizeste, faz e ainda farás pela tua Terra Gaúcha, que é linda e cheira a alecrim; pela música regional do teu querido Pago Sulino: o Grande Rio Grande do Sul!

Fonte: http://www.bombachalarga.org/

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Homenagem do Sitio Bombacha Larga ao dia do Mestre.


EDUCADORES, FOLCLORISTAS, POSTEIROS: PARABÉNS PELO SEU DIA!

Aos professores, folcloristas e educadores em geral, no seu dia, o nosso reconhecimento pela grande contribuição dada à formação cultural do povo desta Nação. E sendo o CTG - Centro de Tradições Gaúchas - é uma representação das Estâncias do Rio Grande do Sul, também eles possuem os seus Posteiros Culturais. Um deles, o Posteiro Artístico, assim como os demais, corresponde ao agregado que mora, geralmente, nos limites do campo. É a este último que cabe, dentre outros trabalhos, zelar pelas cercas, cuidar do gado, evitar a invasão de estranhos e ajudar nas lidas campeiras da sua respectiva Estância Gaúcha Sul-brasileira. Nas Entidades Tradicionalistas são os Posteiros Culturais que têm a responsabilidade de zelar pela Cultura Regional Gaúcha, cuidando das cercas da Tradição do Rio Grande e dos procedimentos tradicionalistas compatíveis com a Filosofia do Tradicionalimo Gaúcho Brasileiro organizado, por parte dos peões e prendas das suas Entidades Culturais Santuários da Tradição dos Gaúchos Campeiros do Sul do Brasil. A eles é confiada a missão de ensinar aos mais jovens e aos iniciados no MTG Brasileiro as nossas danças tradicionais, cumprindo, assim, o seu mister de educadores. Transmitem a seus educandos parte da arte do povo gaúcho sul-rio-grandense, revelando essa riqueza a um grupo de privilegiados, herdeiros do rico patrimônio cultural regionalista-tradicional do Povo Gaúcho Sul-brasileiro: os integrantes das Invernadas Artísticas de Danças Folclóricas e Tradicionais Gaúchas do Rio Grande do Sul. Neste Dia do Professor, resta-nos reverenciar a todos os mestres educadores, pelo exercício de tão nobre atividade, reconhecidamente valorosa e imprescindível para a construção da cidadania e de uma sociedade mais justa, fraterna e melhor. No âmbito do Tradicionalismo, particularmente aos Posteiros Culturais que cumprem com as suas relevantes obrigações tradicionalistas, externamos aqui os nossos cumprimentos e os votos de continuados êxitos nos trabalhos desenvolvidos junto à juventude gaúcha tradicionalista e, igualmente, nos propósitos de continuar zelando pela autenticidade da Cultura Regional Gaúcha Sul-brasileira; pela preservação das genuínas Tradições dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul. Os Posteiros Culturais do Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro organizado continuarão bem cumprindo as suas relevantes atribuições de verdadeiros Posteiros de Estância; de importantes educadores culturais nas suas respectivas Entidades Tradicionalistas Gaúchas! Parabéns a todos!

Fonte: http://www.bombachalarga.org/

DIA DO MESTRE ( Dia do Professor ).


O que sinto é oque certamente muitas pessoas sentem nesse dia. Devemos muito de nossa formação ao nosso Professor. Quem esquece a primeira Professora? Quem esquece o primeiro dia de aula? Não esquecemos né? Seria simplesmente porque é natural essa lembrança? Tenho certeza que não. Ao Mestre com carinho minha mais profunda gratidão e agradecimento pela importância que teve, tem e terá em minha vida e divido esse agradecimento com todos aqueles que nele se identificarem.
FELIZ DIA DO PROFESSOR A TODOS OS QUE FAZEM DA PROFISSÃO UMA MISSÃO...A MAIS IMPORTANTE DE TODAS....OBRIGADO PROFESSOR!!!!!!

João Batista Rodrigues

MESTRE

Um dia chegou ao Mestre um jovem e se seguiu o seguinte diálogo:

 Eu tenho um desejo de aprender. Quer me ensinar?

 Eu acho que você não sabe como a gente aprende.

 E pode me ensinar como a gente aprende?

 Você pode aprender a deixar-me ensinar?

O rapaz achou a pergunta muito curiosa e, somente depois de entendê-la, ele chegou a ser discípulo. Antes, ele esteve em muitas escolas comuns onde se acredita que, basta a doutrina e o método: quem ambos, é mestre; quem decorou a prática, um bom aluno, O discípulo entendeu que neste caminho apenas se negociam coisas comuns.

 Mostre-me como a gente reza.

 Posso lhe mostrar isso? Não, não posso.

 Mas você não é mestre da religião?

 Justamente por isso. Oração não se aprende pelo Saber e Poder, mas pela experiência e vivência. Tudo o que sei não lhe poupa o caminho de fazer o seu caminho. Não se pode mandar o calor do beijo pelo correio.

Hurbertus Halfbas




Um professor influi para a eternidade; nunca se pode dizer até onde vai a sua influência.
Henry B. Adans

Fonte: http://piquiri.blogspot.com/2007/09/dia-do-professor.html

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

16ª NOITE GAUCHA NO CTG MARAGATOS

Província Arte & Dança
Promove:

16ª NOITE GAÚCHA NO CTG MARAGATOS
  
Os alunos do Curso de Danças Gaúchas de Salão do CTG Maragatos, realizarão, no dia 17 de outubro de 2009, a partir das 20h, uma Noite muito especial.
Com apresentações de Dança, Teatro, Poesia, Causo, Culinária e Música, faremos com que a Cultura do nosso Estado seja propagada.
A entrada é gratuita.
 Após as apresentações, teremos o jantar (opcional) ao custo de R$ 9,00 por pessoa (carreteiros, feijão e saladas).
Contamos com a presença de todos.
 
Informações: Província Arte & Dança
Batista: 51-9117.5182 / Eduardo: 51-9957.7822
E-mail: provincia.curso@terra.com.br
Blog: http://provinciaarteedanca.blogspot.com

Dia Nacional da Pecuária



A Campanha Gaúcha, uma das regiões típicas da pecuária no Rio Grande do Sul, é pertencente ao Pampa Sul-brasileiro. Dominam nela as extensas pastagens e o rebanho bovino destinado ao abate. Nessa área localizam-se os grandes frigoríficos e as cooperativas de carnes. Outra área do Rio Grande do Sul criatória de bovinos localiza-se nos Campos de Cima da Serra: os campos situados no Planalto. A pecuária ali aparece associada com as lavouras de trigo e soja. Destacam-se municípios como Lagoa Vermelha, Bom Jesus, Vacaria, São Francisco de Paula. Na Região Colonial e Depressão Central o rebanho é menos numeroso, destinando-se à produção leiteira, sendo que nessa última região a pecuária associa-se à lavoura de arroz (pecuária de resteva). Os rebanhos mais significativos são os bovinos, ovinos, suínos e eqüinos. A pecuária é a base do folclore e da Tradição Gaúcha do Rio Grande do Sul. E é o folclore agro-pastoril que definiu a atual indumentária gaúcha sul-rio-grandense. O chapéu de aba larga, a bombacha - calça larga -, a guaiaca - o cinturão sul-rio-grandense com bolsas -, a camisa de uma só cor e clara, sóbria; as esporas, o lenço de pescoço histórico e regionalista do Rio Grande - e não os panos de cabeça femininos, estampados ou pretos - cor esta que no Rio Grande representa, por Tradição, o luto -, diminutos, finos, virados, escondidos, em nada tradicionais dos gáuchos sul-brasileiros, mas muito difundidos, hodiernamente, por artistas comprometidos apenas com a exploração comercial das suas grifes sem fronteiras, patrocinadoras dos seus trabalhos musicais; o poncho, o pala, a faixa para os fronteiriços, dentre outras peças da autêntica Pilcha Gaúcha Sul-rio-grandense. Neste Dia Nacional da Pecuária, este espaço cultural tradicionalista gaúcho parabeniza a todos os criadores, pelos trabalhos desenvolvidos nesse importante setor da economia brasileira, e, especialmente, aos Tradicionalistas Gaúchos, pela conservação das lides campeiras sul-rio-grandenses e preservação das autênticas Tradições dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul!

Fonte de Pesquisa: http://www.bombachalarga.org/

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pinceladas na História Riograndense

ASSINATURA DA PAZ DE PONCHE VERDE.


No dia 25 de fevereiro de l845, no acampamento da Carolina, em Ponche Verde( no interior do atual município de Dom Pedrito); os oficiais farroupilhas, sob comando do general Davi Canabarro, recebem Antônio Vicente da Fontoura, recém-chegado da Corte do Rio de Janeiro, aonde fora Ter como representante da República Rio-grandense para tratar da pacificação com o império do Brasil. Ele lê, para aprovação ou não pelos oficiais. As condições estabelecidas par a paz. As cláusulas já haviam sido aprovadas pelo Barão de Caxias, presidente da província do Rio Grande do Sul. Os farroupilhas também as aceitam, por unanimidade (apenas com restrições por parte do general Antônio de Souza Neto).

Três dias depois o comandante-em-chefe Canabarro manda formar a tropa e lê a seguinte proclamação:

“Concidadãos! “Competentemente autorizado pelo magistrado civil a quem obedeceríamos, e na qualidade de comandante-em-chefe, concordando com a unânime vontade de todos os oficiais da força de meu comando, vos declaro que a guerra civil que há mais de 9 anos devasta este belo pais está acabada. A cadeia de sucessos por que passam todas as revoluções tem transviado o fim político a que nos dirigíamos, e hoje continuação de uma guerra tal seria o ultimato da destruição, e do aniquilamento da nossa terra. Um poder estranho ameaça a integridade do Império( Canabarro referia-se às conturbações externas na área platina), e tão estólida ousadia, jamais deixaria de ecoar nos corações brasileiros. O Rio Grande não será o teatro de suas iniquidades, e nós partilharemos a glória de sacrificar os ressentimentos criados no furor dos partidos ao bem geral do Brasil.

“Concidadãos! Ao desprender-me do grau que me havia confiado o poder que dirigia a revolução, cumpre-me assegurar-vos que podeis volver tranquilos ao seio de vossas familias. Vossa propriedade estão garantidas pela palavra sagrada do monarca, e o apreço de vossas virtudes confiado ao seu magnânimo coração.

“União, fraternidade, respeito às leis, e eterna gratidão ao ínclito presidente da província, o Ilmo. E Exmo. Sr. Barão de Caxias, pelos afanosos esforços que há feito na pacificação da província. Campos em Ponche Verde, 28 de fevereiro de 1845 David Canabarro”.

No dia seguinte, 1º de março de l845, o Barão de Caxias – ciente de que os revolucionários haviam aceito as cláusulas – faz a sua respectiva proclamação, selando a paz: “Uma só vontade nos una, Rio - grandenses! União e tranqüilidade seja, de hoje em diante, a nossa divisa.

Fonte de pesquisa: http://www.riograndeemfotos.com.br/trad04.html

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pioneiro da gaita pianada!


HONEYDE BERTUSSI: O CANCIONEIRO DAS COXILHAS DO RIO GRANDE!

Honeyde Bertussi: Patrimônio da História Musical do Rio Grande do Sul!
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O Cancioneiro das Coxilhas do Rio Grande do Sul, Honeyde Bertussi - conforme nos informa a Pesquisadora Rose Mari Da Sois Fetter - nasceu aos 20 de fevereiro de 1923, no Distrito de Criúva, então localidade de São Jorge, no município de São Francisco de Paula. Já aos quatro anos ganhou de presente de seu pai, Fioravante Bertussi, uma gaita de quatro baixos. Com o tempo, aprendeu a tocar violão e gaita de boca. Após a realização de seus estudos na cidade de Vacaria, onde concluiu o 2º Grau, Honeyde retornou para o campo, casando-se no mês de março de 1941 com Haydee Vacchi. Em 1942 adquiriu o seu primeiro acordeon. Aos oito de maio de 1942 tocou o seu primeiro baile e em 1943 compôs a canção Cancioneiro das Coxilhas, sua música predileta. Em 1945 integrou o conjunto formado pela família, junto ao pai Fioravante e seus três irmãos Valmor, Wilson e Adelar. Em 1955 consagrou-se com Os Irmãos Bertussi, gravando junto com o irmão Adelar centenas de músicas, viajando por todo o Brasil, sendo conhecidos como a melhor dupla de todos os tempos. Por intermédio do Rádio, invadiram os lares do Sul do país com sucessos como Coração Gaúcho, São Francisco é Terra Boa, Filho da Saudade, Oh de Casa, Casamento da Doralícia, Cancioneiro das Coxilhas, O Tropeiro e muitas outras. Fazendo parte da Rádio Caxias, Honeyde foi um dos pioneiros dos programas radiofônicos ao vivo. Cantava e tocava músicas regionais, sempre mostrando a rica história do Rio Grande do Sul: aquela que foi escrita à ponta de lança. E nunca deixou que seus filhos ficassem sem o incentivo necessário ao culto tradicionalista gaúcho. Hoje, enfatiza a professora Rose, devemos todos enaltecer e agradecer ao imortal Honeyde Bertussi, que tão brilhantemente conduziu a nossa história musical, incentivando e conservando, junto aos Centros de Tradições Gaúchas, o gosto pela música e pelo regionalismo do Rio Grande do Sul. Foi no dia quatro de janeiro de 1996 que o Patrão Velho das Alturas o chamou para tocar em outros rincões. Com a Professora Rose Mari, também agradecemos ao Honeyde Bertussi, por ter passado, chegado e se arrinconado nos Pagos do Sul; pela presença forte e vibrante na mente e nos corações dos gaúchos brasileiros. A ele o nosso obrigado pelos exemplos de vida; pelo culto e difusão de nossa história, nossa cultura regional, nossa formação social, nosso folclore, nossa querida tradição gaúcha sul-rio-grandense. No Rio Grande ele viveu de saudades, cantando para alegrar a todos os gaúchos brasileiros. Agora, em outra querência, certamente que continua a zelar pelas coisas tradicionais que tanto amou e defendeu neste plano terrestre. Foi e sempre será um marco na nossa Tradição. E mesmo estando fisicamente ausente deste mundo terreno, com certeza segue montado no seu baio; e numa marcha troteada atravessa as canhadas, louvando o seu Pago na Grande Estância Celeste. Ao partir, o Cancioneiro das Coxilhas jogou a encilha no lombo do cavalo e, tristemente, despediu-se do Povo Gaúcho Brasileiro. Agora, Honeyde Bertussi é o Cancioneiro do Céu! (Fonte: Honeyde Bertussi, de Rose Mari Da Sois - Professora e Pesquisadora)
Fonte de pesquisa: http://www.bombachalarga.org/

Espaço Lendas Gaúchas

A Lenda do Umbu



O Umbú é uma árvore grande e folhuda que cresce no pampa.
Muitas vezes é solitária, erguendo-se única no descampado e atrai os campeiros, os tropeiros, os carreteiros que fazem pouso sob sua proteção. O tronco do Umbu é muito grosso, as raízes fora da terra são grandes, mas ninguém usa a madeira da árvore - não serve para nada, mesmo. É farelenta, quebradiça, parece feita de uma casca em cima da outra.
Por quê?
Pois não vê que quando Deus Nosso Senhor criou o mundo, ao fazer as árvores perguntava a cada uma delas o que queria na terra.
A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e assim por diante, quiseram frutos deliciosos. O pau-ferro, o angico, o ipê, o açoita-
cavalo, a guajuvira, pediram madeira forte.
- E tu, Umbú, queres também frutos doces e madeira forte?
- Nada, Senhor. - respondeu o Umbú. - Eu quero apenas folhas largas para as sesteadas dos gaúchos e uma madeira tão fraca que se quebre ao menor esforço.
- A sombra, Eu compreendo - disse o Senhor. - Mas porque a madeira fraca?
- Porque eu não quero que algum dia façam dos meus braços a cruz para o martírio de um justo.
E Deus Nosso Senhor, que teve o filho crucificado, atendeu o pedido do Umbú.

Fonte:http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/umbu.htm

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ícone Latino Americano


Gracias a la vida



Morreu Mercedes Sosa, a ave cantora das Américas.

Quando morre assim um pássaro canoro que encantou um continente, há que se registrar a importância dos cantores na vida social das pessoas, ainda mais uma Mercedes Sosa tão marcada pela sua posição política contrária às ditaduras nas Américas.

Ela tinha um jeito índio de humildade que transmitia ao público a imagem de que não era uma artista frívola, em busca apenas de sucesso e de dinheiro.

Raramente esboçava um sorriso, o que lhe garantia a fleuma de tristeza pelo destino dos povos americanos empobrecidos ou tiranizados.

Morreu uma grande cantora e uma extraordinária política.

Ainda bem que a tecnologia nos permite, como aconteceu com os Beatles e Élvis Presley, revivê-la todos os dias, em todas as casas, através de seus discos.

Sempre é conveniente relembrar a letra da canção que celebrizou Mercedes Sosa, Gracias a la Vida, de autoria de Violeta Parra:

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida

* Texto publicado hoje na página 39 de Zero Hora.
Fonte: Blog do Paulo Santana.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Faca Gaúcha

A Faca foi um dos temas do Desfile Farroupilha de 2005, no Estado do Rio Grande do Sul. Sobre ela Antonio Augusto Fagundes assim manifestou-se: “A faca é um instrumento de trabalho e luta, talher e arma. Existe em todos os povos. A nossa faca campeira é flamenga, veio do país de Flandres, com posição garantida na cintura do gaúcho, mas na parte de trás, ao contrário de todos os povos que usam facas. A faca carneou e cortou churrasco. E quantas vezes, atada com tentos na ponta de uma taquara, não virou lança de guerra, rabiscando a história do Rio Grande nas páginas verdes das coxilhas? Facas, facões, adagas, espadas e lanças, as armas brancas que se tingiam de rubro nos estreveros”. Oiga-le-tê! E continuando com a divulgação do estudo de Paixão Côrtes sobre essa arma branca do gaúcho, o sítio Bombacha Larga publica, hoje, a Parte III da matéria, cujo teor traz outras informações históricas, finalizada com um poema do grande poeta Jayme Caetano Braun. Assim nos conta o grande folclorista Paixão Côrtes: “Faca famosa de outrora” - Dentre elas destacamos uma, integrada até mesmo hoje, no folclore gauchesco: "a coqueiro". Não era fabricada na cidade de Pelotas, como muitos pensam, mais sim importada pela firma Scholberg, cuja sede comercial estava em Liége, Bélgica. A referida firma, com filiais em Montevidéu, sob o nome de Broqua & Scholberg, e na cidade de Rosário na Argentina, estabeleceu em Pelotas, no ano de 1850, uma outra filial, sob a razão comercial Joucia, Scholberg & Silva. Como sócios faziam parte, além de pelotenses, o francês Leopoldo Joucia, vice-cônsul da França (ou pessoa representativa daquele governo) e que também estava ligado ao comércio de famosos vinhos franceses. Mais tarde outro gaulês incorporou-se à firma: Armand Gadet. Mas a firma Scholberg pelotense era especializada na importação de armas, metais finos, talheres, cutelaria fina, ferragens, apetrechos de caça, munições, artigos de cristofel, quinquilharias afora, peças, que no decorrer de seu desenvolvimento comercial foram importantes fornecedores e das quais realizamos precioso levantamento, inclusive fotográfico com slides e cujos estudos daremos divulgação oportunamente. Esta firma, na grande parte de seus artigos, especialmente os de "metal branco garantido", traziam gravados além desses dizeres, a insígnia de um pé de coqueiro ou uma estrela de cinco pontas. As facas vinham da Bélgica quase prontas recebendo aqui a postura do cabo e bainha. Dentro de vários tipos dos catálogos que Jouela, Scholberg & Silva possuíam, o gaúcho dava preferência à marca do "coqueiro" e desta a "coqueiro deitado", pois era um "ferro branco para qualquer lida"... Esta marca aparecia junto ao cabo, colocada ao longo da lâmina (no comprimento) paralelo ao gume. Existia também o "coqueiro em pé", em que o mesmo ficava com a base virada para o fio, ou melhor, na largura da lâmina. O curioso é que em frente da própria firma — Andrades Neves, 651, em Pelotas, existia um pé de coqueiro, além de ver-se a título de propaganda, presa à distância da parede da referida casa, uma enorme faca colocada paralelamente a uma não menor espingarda de caça. Não sei se o coqueiro ali visto já existia na via pública ou foi plantado posteriormente pelos fundadores da firma. Teria o mesmo motivado o nome da marca? Ou ainda servido de inspiração ou aproveitamento para que o nome do famoso aço "coqueiril", do qual as facas erem confeccionadas, fosse auditivamente associada ao coqueiro, pelo nosso gaúcho do campo, para maiores efeitos comerciais e publicitários, perfeitamente compreensível na época. Mas a verdade é que embora a firma tivesse cerrado suas portas em 1936, ainda hoje, na esquina defronte, onde outrora se transferira — atualmente ocupada pela Casa Alegre —, encontra-se um pé de coqueiro que, ferindo o plano urbanistíco do centro da Princesa do Sul, ainda é conservado como tradição na cidade, juntamente com outro existente na frente do colégio Gonzaga. Atualmente, quem tem a felicidade de possuir uma faca "coqueiro", a guarda como verdadeira jóia gauchesca. Talvez por isso o brilhante poeta chucro do pago Jayme Caetano Braun, dedicou-lhe este poema: ‘Faca coqueiro, cabo de madeira branca e a folha de palmo e meio. Esta faca que palmeio, sovando uma palha buena, larga, assim como novena, nas festanças do Divino, foi presente do Galdino, filho de Dona Pequena! Na prancha meio azulada, deste regalo campeiro, está gravado um coqueiro, assim como um distintivo, que me faz lembrar, altivo, o charrua melenudo, bombeando longe, sisudo, o velho solo nativo! É nesse ferro crioulo que o meu fôlego embacia a cancha reta bravia por onde o fumo se espalha; com ele eu ajeito a palha, longueio, e, aparo crina e a barba, pra ver a china, quando não tenho navalha! Quando corto meu churrasco deixo branqueando o espeto e se na encrenca dos meio não sobre garrafa inteiro pois este ferro campeiro, de ponta como de prancha, tem mania de abrir cancha no costilhar do parceiro! Por isso é que ao te palmear, sovando a palha de milho, eu sinto, ó rude utensílio, que muito primeiro que eu o guasca já te benzeu, quando num berro de touro, junto ao "bendito" de couro, nalgum rival te embebeu! E ao te arrancar da bainha, de ponteira reforçada, evoco a rudez passada de teu áspero trajeto, quando o xiru analfabeto, contigo de companheira, nas andanças da fronteira lonqueava o nosso dialeto! Traste mil vezes relíquia, por ser presente de amigo: hei de levar-te comigo sempre ao alcance do braço; e acolherar no teu aço o presente e o passado, até que pranche enredado por algum "seio de laço"! E fica certo, Galdino, ao te agradecer de novo, que no singelo retovo do meu gauderiar sem Norte, esta faca enquanto corte, até os últimos momentos, há de estar lonqueando os tentos da nossa amizade forte!' "! ( Fonte: Côrtes, J. C. Paixão. "Gaúchos de faca na bota")...
Tema retirado do site:http://www.bombachalarga.org/

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Poesias e Músicas

Gujo Teixeira escreve....

SENHOR DAS MANHÃS DE MAIO

Meu galpão de alma tranqüila
ressuscita todo dia
Cada vez que o sol destapa
sua silhueta sombria
e desenha cinamomos
na minha querência vazia

Senhor das manhãs de maio
ceva este mate pra mim
que eu venho a tempos de lua
minguando sonhos assim:
Os que eu posso, sonho aos poucos
os que eu não posso, dou fim

Silencio quando posso
Quando quero sou estrada
diviso as coisas do tempo
bem antes da madrugada.
Numa prece que bem me lembro
refaço minhas orações:
"Pai nosso que estais no céu
precisai vir aos galpões"

No descaso dos galpões
solito quando me vejo
é que se achega a saudade
com seus olhos de desejo
Pondo estrelas madrugueiras
neste céu de picumã
parecendo que se adentra
pra contemplar minha manhã

Meus sonhos domei pra lida
pra minha rédea, ao meu gosto
pras dores da minha alma
se ela cruzar esse agosto
Por favor Senhor dos mates
não deixe a manhã tão triste
mateia junto comigo
que eu sei que tu ainda existe

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tirando Dúvidas

Buenos dias Provincianos!

Vai aí uma informação básica para que possamos utilizar as palavras do nosso vocabulário gauchesco de forma adequada.
Talvez aquela que de certa forma se utiliza mais corriqueiramente seja: "GAUDÉRIO"....E aí gaudério??....como vai gaudério???.....mazaaa gaudério??....segue o significado de GAUDÉRIO.

GAUDÉRIO: Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa; Parasita; Amigo de viver à custa alheia.
Fonte:http://www.geocities.com/Pentagon/Bunker/1814/Dicgau.html


Vamos na medida do possível deixando nossa contribuição para que possamos manter nosso vocabulário vivo e altivo e também sendo utilizado corretamente.

Abraço Provinciano!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Espaço Lendas Gaúchas

João de Barro



Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou:

- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?

- As provas do meu amor! - respondeu o jovem.

O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:

- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.

Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.

Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.

O velho respondeu:

- Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

E esperou até até a última hora do novo dia. Então ordenou:

- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!

E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.



A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constroem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.


Fonte:http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/joao_de_barro.htm

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Gauchismo

Buenos dias provincianos!!!

Após mais uma Semana Farroupilha, temos que comemorar o sucesso cultural desse ano, uma vez que juntamente com o CTG Maragatos e o competente Conselho de Vaqueanos da entidade, conseguimos reeditar as antigas e boas Semanas Farroupilhas que se fazia na sede do CTG.
Tivemos toda a programação idealizada cumprida com êxito, apenas não pudemos montar o nosso acampamento devido ao excesso de chuvas.
Por fim, informamos que estamos selecionando algumas fotos e vídeos para deixarmos registrados aqui no nosso blog provinciano, os momentos marcantes dessa Semana Farroupilha de 2009.

Abraço Provinciano!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lembrança Eterna!!


"Coronel Jainer Pereira Alves."

Quem te conheceu sabe muito bem oque nos representa.....que DEUS ilumine teu caminho querido amigo Provinciano!!!

Nossa saudade será eterna!!!!

Contos Gauchescos.

Contos Gauchescos: O Cusco Piloto
Dioclécio Lopes | dioclecio.lopes@zerohora.com.br

De segunda até domingo, zerohora.com publica a série de contos "Causos de João Furtuoso", em comemoração à Semana Farroupilha. Personagem criado por Dioclécio Lopes, João Furtuoso é protogonista das narrativas ambientadas na zona rural, mais precisamente em um lugar chamado Bom Jardim, palco da difusão dos costumes, dos afazeres e da linguagem utilizada pelas gentes que marcam e mantêm acesa a cultura gaúcha.

********

Piloto chegou à Estância do Minuano pelas mãos benevolentes de João Furtuoso, há, pelo menos, uma dúzia de anos, como contou certa vez Tenório.

João recém havia chegado ao bolicho de um tal de Florêncio Flores. Voltava de uma longa tropeada lá pras bandas do Passo Feio, onde fora entregar uma tropa mui linda ao estancieiro Inácio Dutra, tido como muito muquirana e de má bebida.

Furtuoso avisou o bolicheiro que estavam com as gargantas secas e os estômagos no espinhaço. Homem solícito, de imediato mandou que lhes servisse uma canha de alambique próprio, enquanto caprichava na linguiçada acompanhada de um feijão mexido na frigideira lustrosa.

Não demorou muito para que um cusquinho rengo e subtraído pela fome viesse lhe suplicar comida próximo ao gentario espalhado pelas mesas do recinto. Não foram poucas as vezes que Florêncio Flores tentou enxotar o inconveniente visitante com gritos de "já já pra fora!", "onde já se viu!?", repicando um dos pés no chão, simulação inútil à perseguição ao animalzinho indefeso.

Mas o guaipeca escorraçado volta e meia metia a cara na porta do bolicho, exibindo dois olhos graves e tristes, esmolando a atenção dos viventes que espantavam a fome a fartas garfadas da comida fumegante.

Diz o Tenório que a cena amoleceu o coração de João Furtuoso como alguém pialado por uma paixão devastadora. Apiedado do estado miserável do cusquinho, colocou-o com todo o jeito sobre os arreios e o conduziu, quieto, até a Estância do Minuano. Curou-lhe as feridas e a perna estropiada, deu-lhe comida e tratamento que, aliás, todos os bichos têm direito de receber dos seus donos. Mais: deu-lhe um nome - Piloto.

E, no repente, criou-se uma amizade como entre gente. O cusco não desgruda de João em momento algum. Seja nas desgastantes tropeadas, seja nas horas de folga, fica ele ali, ao pé do seu dono, observador atento de seus movimentos. E na suposta iminência de qualquer perigo ao peão, fica o cusquinho a rosnar, a latir, a enfurecer-se até, numa comovedora gratidão, incompreensível para quem desconhece o que é lealdade.

Credo, tchê!, isto é que é amizade, hein? - disse Tenório, voz entrecortada, apalpando a aba do chapéu , enquanto João Furtuoso e Piloto já alcançavam a porteira para mais uma das lides na Estância.


FONTE:ZEROHORA.COM

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SEMANA FARROUPILHA DO CTG MARAGATOS - PROGRAMAÇÃO

Conpanheiros Provincianos,

estamos nos aproximando da Semana Farroupilha, período onde o tradicionalismo fica em evidência como nunca. O CTG Maragatos preparou para este ano uma série de acontecimentos para esta semana. Segue a programação da Semana Farroupilha do CTG Maragatos:

13/09 12h - Abertura Semana Farroupilha (almoço com costelaço na vala)
14/09 17h - Noite de poesias, contos e causos (jantar campeiro)
15/09 17h - Noite da culinária no acampamento (animação gaita e violão)
16/09 17h - Noite dos jogos gaúchos, palestras e prosas (truco, bocha, demais jogos)
17/09 17h - Noite com atividades diversas por conta do grupo de danças Xiru
18/09 17h - Noite da Penha com jantar campeiro
19/09 12h - Dia de atividades campeiras (churrasco, aprendizados, conversas e ensinamentos)
20/09 20h - Extinção Simbólica da Chama Crioula com Província Arte & Dança e demais presentes

Além destas atividades, o CTG Maragatos está com o bolicho montado na praça de alimentação do Acampamento Farroupilha. Cheguem lá e digam que são "Provincianos".

Aproveitem os eventos durante esta semana e desfrutarem um pouco da nossa cultura que é tão rica e infinita.

Um forte abraço Provinciano!!!

Província Arte & Dança
Dança: sinônimo de Alegria

Oração do Gaúcho

Bom dia Provincianos!!

Deixamos de atualizar nosso blog ontem, por um motivo de saúde de um dos nossos provincianos...nosso companheiro Coronel jainer encontra-se hospitalizado e com muita necessidade de orações da nossa parte, por isso peço que façamos juntos a oração que segue e que peçamos a Deus nosso Pai, que derrame bênçãos sobre ele para que sua saúde recupere a força de sempre.
Obrigado a todos que aceitarem esse pedido.

Oração do Gaúcho


D. Luiz Felipe de Nadal
bispo de Uruguaiana
gentileza de Henrique Schuster Júnior

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial.

Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa.

Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu.

Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do sol:

"Tomara que todo o mundo seja como irmão!. Ajuda-me a perdoar as afrontas e não fazer aos outros o que não quero para mim".

Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase se querer, em me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro...mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito!

Ajuda-me, Virgem Maria, primeira prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou te dizer meu Deus, mas somente pra ti, que tua vontade leve a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu. Amém.

Fonte:http://www.paginadogaucho.com.br/poes/og.htm

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ESPAÇO LENDAS GAÚCHAS

A Salamanca do Jarau

No tempo dos padres jesuítas, existia um moço sacristão no Povo de Santo Tomé, na Argentina, do outro lado do rio Uruguai. Ele morava numa cela de pedra nos fundos da própria igreja, na praça principal da aldeia.
Ora, num verão mui forte, com um sol de rachar, ele não conseguiu dormir a sesta. Vai então, levantou-se, assoleado e foi até a beira da lagoa refrescar-se. Levava consigo uma guampa, que usava como copo.
Coisa estranha: a lagoa toda fervia e largava um vapor sufocante e qual não é a surpresa do sacristão ao ver sair d'água a própria Teiniaguá, na forma de uma lagartixa com a cabeça de fogo, colorada como um carbúnculo. Ele, homem religioso, sabia que a Teiniaguá - os padres diziam isso!- tinha partes com o Diabo Vermelho, o Anhangá-Pitã, que tentava os homens e arrastava todos para o inferno. Mas sabia também que a Teiniaguá era mulher, uma princesa moura encantada jamais tocada por homem.
Aquele pelo qual se apaixonasse seria feliz para sempre.
Assim, num gesto rápido, aprisionou a Teiniagá na guampa e voltou correndo para a igreja, sem se importar com o calor. Passou o dia inteiro metido na cela, inquieto, louco que chegasse a noite.
Quando as sombras finalmente desceram sobre a aldeia, ele não se sofreu: destampou a guampa para ver a Teiniaguá. Aí, o milagre: a Teiniaguá se transformou na princesa moura, que sorriu para ele e pediu vinho, com os lábios vermelhos. Ora, vinho só o da Santa Missa. Louco de amor, ele não pensou duas vezes: roubou o vinho sagrado e assim, bebendo e amando, eles passaram a noite.
No outro dia, o sacristão não prestava para nada. Mas, quando chegou a noite, tudo se repetiu. E assim foi até que os padres finalmente desconfiaram e numa madrugada invadiram a cela do sacristão. A princesa moura transformou-se em Teiniaguá e fugiu para as barrancas do rio Uruguai, mas o moço, embriagado pelo vinho e de amor foi preso e acorrentado.
Como o crime era horrível - contra Deus e a Igreja! - foi condenado a morrer no garrote vil, na praça, diante da igreja que ele tinha profanado.
No dia da execução, todo o Povo se reuniu diante da igreja de São Tomé. Então, lá das barrancas do rio Uruguai a Teiniaguá sentiu que seu amado corria perigo. Aí, com todo o poder de sua magia, começou a procurar o sacristão abrindo rombos na terra, um valos
enormes, rasgando tudo. Por um desses valos ela finalmente chegou à igreja bem na hora em que o carrasco ia garrotear o sacristão. O que se viu foi um estouro muito grande, nessa hora, parecia que o mundo inteiro vinha abaixo, houve fogo, fumaça e enxofre e tudo afundou e tudo desapareceu de vista. E quando as coisas clarearam a Teiniaguá tinha libertado o sacristão e voltado com ele para as barrancas do rio Uruguai.
Vai daí, atravessou o rio para o lado de cá e ficou uns três dias em São Francisco de Borja, procurando um lugar afastado onde os dois apaixonados pudessem viver em paz. Assim, foram parar no Cerro do Jarau, no Quaraim, onde descobriram uma caverna muito funda e comprida. E lá foram morar, os dois.
Essa caverna, no alto do Cerro, ficou encantada. Virou Salamanca, que quer dizer "gruta mágica", a Salamanca do Jarau. Quem tivesse
coragem de entrar lá, passasse 7 Provas e conseguisse sair, ficava com o corpo fechado e com sorte no amor e no dinheiro para o
resto da vida.
Na Salamanca do Jarau a Teiniaguá e o sacristão se tornaram os pais dos primeiros gaúchos do Rio Grande do Sul. Ah, ali vive
também a Mãe do Ouro, na forma de uma enorme bola de fogo. Às vezes, nas tardes ameaçando chuva, dá um grande estouro numa
das cabeças do Cerro e pula uma elevação para outra. Muita gente viu.

FONTE: http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/salamanca_do_jarau.htm

terça-feira, 8 de setembro de 2009

FATOS DA HISTÓRIA GAÚCHA!

Buenos dias Provincianos!

Oficialmente ontem, nos festejos alusivos a semana da Pátria, deu-se início oficialmente as comemorações da Semana Farroupilha 2009. Sugerimos que leiam o texto abaixo, e que acessem a fonte de onde retiramos este texto, pois ali terão uma leitura completa com a informação de como e quando surgiu, quem idealizou e como se deu a Primeira Ronda Gaúcha ( Ronda Crioula ). Boa leitura a todos.


BAILE GAUCHESCO, A CHAMA E O ENCERRAMENTO DA 1ª RONDA

Embora Porto Alegre fosse a capital gaúcha, há muitos anos tinha banido dos seus bailes o uso da roupa campesina, vivendo os padrões das modas européias ou dos "bailes caipiras". Algo semelhante acontecia com a sociedade rural-urbana do interior, que, embora seus moradores fossem ligados à vida pastoral, não lhes permitia, até mesmo em dias não festivos, que entrassem na sede do clube local de bota e bombacha. Daí que baile gauchesco com música regional era um fato inusitado em entidades sociais do Rio Grande. Porém, assim foi feito. Durante o Baile Gauchesco da Ronda de 1947, no "julinho", fez-se uma hora de arte espontânea, versos improvisados, trovas, declamações, gaitações e músicas cantadas por voluntários entremeavam-se artisticamente aos números bailáveis (chotes, rancheira, meia-canha, mazurca). Serviu-se "pastel-de-carreira" e "café-de-chaleira". Concursos de trajes gaúchos e de prendas foram realizados, com prêmios. Num cenário de ramada, com pelegos, fogo de chão, churrasco e chimarrão bailou-se até o clarear do dia. O tradicionalismo estava aparecendo, definitivamente, como uma força viva, social e popular. Neste baile, é que se ventilou, entre outros assuntos, a idéia de fundar-se uma agremiação civil gauchesca, cujo líder expositor e defensor desta causa era Barbosa Lessa, mais tarde o criador da importante tese "Sentido e Valor do Tradicionalismo". Encerrava-se a meia-noite do dia 20 de setembro de 1947 as solenidades da 1ª Ronda Crioula. O candeeiro que viera do altar-cívico do "Julinho" entrou salão a dentro do Teresópolis Tênis Clube conduzido por gaúchos e prendas sob o aplauso da gauchada. Foram recordados os feitos heróicos do Rio Grande; nossas origens; nossos princípios de liberdade e justiça, que transmitiram-nos os bravos Farroupilhas. A Chama estava extinta. Hoje, de forma simbólica, todos os anos uma amena chama de fogo-de-chão existente em algum galpão pastoril rio-grandense, reativa-se ao sopro dos ideais daqueles jovens da década de 40, a iluminar, num sagrado candeeiro às gerações que vêm formando-se neste últimos 50 anos no Rio Grande do Sul, integrando o espírito gauchesco a uma brasilidade maior. Assim, o surgimento da 1ª Chama Crioula e a criação das Comemorações da 1ª Ronda Crioula em 1947, são marcos históricos na causa do atual Movimento Tradicionalista, que cristalizou-se com o nascer do nome do 35 Centro de Tradições Gaúchas, em 3 de janeiro de 1948.

FONTE:http://www.geocities.com/potreiro/mapasite/ronda.htm

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PÁTRIA AMADA BRASIL.

Letra do Hino Nacional Brasileiro

I
OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.
SE O PENHOR DESSA IGUALDADE
CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM BRAÇO FORTE,
EM TEU SEIO, Ó LIBERDADE,
DESAFIA O NOSSO PEITO A PRÓPRIA MORTE!

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!

BRASIL, UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO
DE AMOR E DE ESPERANÇA À TERRA DESCE,
SE EM TEU FORMOSO CÉU, RISONHO E LÍMPIDO,
A IMAGEM DO CRUZEIRO RESPLANDECE.
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA,
ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO,
E O TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU,BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!

II
DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO,
AO SOM DO MAR E À LUZ DO CÉU PROFUNDO,
FULGURAS, Ó BRASIL, FLORÃO DA AMÉRICA,
ILUMINADO AO SOL DO NOVO MUNDO!
DO QUE A TERRA MAIS GARRIDA,
TEUS RISONHOS, LINDOS CAMPOS TÊM MAIS FLORES;
"NOSSOS BOSQUES TEM MAIS VIDA,"
"NOSSA VIDA" NO TEU SEIO "MAIS AMORES".

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!.

BRASIL, DE AMOR ETERNO SEJA SÍMBOLO
O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO,
E DIGA O VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA
-PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO.
MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE,
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,
NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!


Vocabulário (Glossário)

Plácidas: calmas, tranqüilas
Ipiranga: Rio onde às margens D.PedroI proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822
Brado: Grito
Retumbante: som que se espalha com barulho
Fúlgido: que brilha, cintilante
Penhor: garantia
Idolatrada: Cultuada, amada
Vívido: intenso
Formoso: lindo, belo
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul
Resplandece: que brilha, iluminidada
Impávido: corajoso
Colosso: grande
Espelha: reflete
Gentil: Generoso, acolhedor
Fulguras: Brilhas, desponta com importãncia
Florão: flor de ouro
Garrida: Florida, enfeitada com flores
Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: bandeira
Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: arma primitiva de guerra, tacape

Fonte:http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/hino_nacional_brasileiro.htm