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terça-feira, 25 de agosto de 2009

MATE DA TOLERÂNCIA

25/08/2006 09:33:18
O MATE DA TOLERÂNCIA!

Chimarrão: Patrimônio Cultural Regionalista-tradicional
dos Gaúchos do Rio Grande, herdado do Povo Guarani!
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O ato de tomar o chimarrão, desde a sua origem guarani, é tido como uma verdadeira comunhão. E é na reunião de pessoas, sem distinção alguma de sexo, religião, classe social ou raça, que está o seu grande poder. É na roda de chimarrão que o diálogo e a tolerância - tão fundamentais para a vida em sociedade -, são exercitados. Tolerar, dentro dos limites extremos da paciência humana, é um fator essencial para o relacionamento humano. Essa é uma qualidade que deve ser levada a efeito, e de forma especial, no interior das Entidades Tradicionalistas Gaúchas. Mas, nem sempre é assim. Futilidades, interesses contrapostos e vaidades pessoais por vezes impedem a convivência democrática entre indivíduos com diversidade finalística, de objetivos e de opiniões. E uma vez ausente a tolerância, inexistentes estarão o diálogo e a disposição para a oitiva dessas opiniões divergentes. Na origem do problema estão desde a deficiência na formação democrática de alguns dos integrantes dessas sociedades até algumas conseqüências do próprio sistema de sufrágio para a escolha das suas administrações. Se por um lado o processo de seleção das diretorias contribui para o processo democrático da formação dos órgãos diretivos, por outro alimenta todo o tipo de discórdia, contenda e desavenças entre as facções que se digladiam na disputa dos cargos tradicionalistas. Eleições, no entanto, são as regras vigentes na sociedade democrática. Continuarão, dessa forma, as rusgas e as peleias políticas dentro dos CTGs e dos Órgãos Tradicionalistas Federativos. Contudo, para o bem da causa que abraçaram, admitir a existência de outros indivíduos com pensamentos, propostas e interesses distintos dos seus, desde que não conflitantes com a Doutrina do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro, deve ser um exercício diário de todos os tradicionalistas. Diferenças de idéias são próprias da condição humana. O que não se coaduna com o Tradicionalismo é a sobreposição de interesses meramente individuais ou de grupos aos interesses culturais maiores explicitados na Carta de Princípios do MTG e nas regras estatutárias das próprias entidades tradicionalistas. A solução para problemas dessa ordem, no entanto, deve se dar pelas regras democráticas vigentes. No entanto, ao se eternizarem as desavenças políticas no meio tradicionalista, os maiores perdedores são o próprio Tradicionalismo e o Povo Gaúcho Brasileiro e a sua rica Cultura Regionalista-tradicional. Resta aos contendores a promoção da desejada conciliação de espíritos. E a melhor recomendação, para esse fim, é a organização de uma roda-de-mate ao pé de um fogo de chão. Ali, diante do poder mítico da erva de Tupã e do calor telúrico do fogo, é possível ver-se efetivada a prática da tolerância e o exercício do ato de ouvir, de grande valor para a plena comunicação. Não sem razão que o Regimento Interno do 35 CTG, de 1950, já denominava de "Chimarrão" as reuniões daquele Centro de Tradições Gaúchas, destinadas a um maior congraçamento dos sócios entre si e destes com a Patronagem. Por tudo isso, o Mate da Tolerância deve ser incentivado nos CTGs e nos demais órgãos congêneres. Com ele ganharão todos: Entidades, Tradicionalistas e o rico Patrimônio Cultural-regionalista-tradicional dos Gaúchos Brasileiros!

FONTE: http://www.bombachalarga.org/ver_materia.php?id=282

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